A Regra do 1,5 Segundo: Quando seu Sonic Logo é mais rápido que seu Logo Visual

Imagem mostra uma pintura no estilo de Salvador Dali. Uma cabeça vendada por um relógio. Muletas estão apoiadas e sem uso ao lado do rosto da cabeça. Ondas sonoras entram pela orelha dourada da cabeça. O ouro da orelha vira líquido aos poucos.

O ouvido não tem pálpebras. Por isso, na guerra pela atenção, o som é a sua arma mais matadora.

A gente respeita quem aprova visual de campanha, porque a vida desse pessoal não é fácil. Você passa dias discutindo se o azul tá muito ciano, se a luz no packshot tá estourada, se a cena devia cortar 13 frames antes. Tudo para criar uma peça visualmente impecável. Aí a campanha vai para a rua (ou melhor, para o feed) e dá de cara com a rocha da realidade.

O consumidor não tá nem aí para admirar craft. Ele tá lá é para ver o próximo vídeo de gatinho. Ou a última treta da semana. Ou o que for, mas nunca o craft. E nessa batalha, a marca ainda enfrenta dois inimigos mortais: a velocidade do dedo e a desatenção da vida.

Inimigo nº 1: O Scroll (Uma Corrida Contra o Relógio)

Um estudo da VCCP, Hacking the Attention Economy, mostra o tamanho do massacre: 85% dos anúncios digitais recebem menos de 2,5 segundos de atenção. O problema é biológico: visualmente, o cérebro humano precisa de cerca de 3 décimos de segundo para processar e diferenciar uma imagem de outra. E para entender a qual marca essas imagens se refere, precisa de beeem mais que isso. Resultado: se o cara passou batido em 2 segundos, do ponto de vista do visual, você jogou dinheiro fora. Ele nem viu quem era. E é exatamente aqui que o áudio pode salvar o investimento. O cérebro processa e diferencia um som de outro a partir de apenas 15 milésimos de segundo.

Dados da System1 e do TikTok demonstram que assets sonoros próprios reduzem o tempo necessário para acionar uma memória. Com a marca sônica certa, o recall aparece já a partir de 1,5 segundo. Se o usuário decidir parar para ver o vídeo? Ótimo, estamos no lucro. Mas se ele não parar (o que acontece 85% das vezes), o som garante que a impressão foi registrada. Ele sabe de quem era aquele vídeo. Você não perde o dinheiro da exibição. Faça as contas pra ver quanto isso significa no final do mês.

Inimigo nº 2: A Vida Real (Uma Corrida pela Atenção)

Mas existe um cenário ainda pior, que a VCCP chama de Atenção Passiva. É quando a TV está ligada, mas a pessoa está de olho é no celular. Ou quando o YouTube está rodando no computador, mas a pessoa está olhando para a batata doce no fogão, ou dando atenção para a criança correndo na sala. Ou para o pet. Nesse cenário, o visual impecável vale zero. Ninguém está olhando.

Um amigo nosso costuma repetir: "O ouvido não tem pálpebras".
A audição, desenhada para a nossa sobrevivência, é um sentido de vigilância de 360 graus. Você pode até não estar vendo, e pode até fechar os olhos - mas está sempre ouvindo.

Se a sua marca depende só do logo visual para assinar o comercial, você perde um monte de oportunidades de alcançar seus consumidores. Mas se você tem uma identidade sonora muito sua, aquele "plim", “tudum”, som ou melodia específicos da marca, o recall está garantido. Mesmo que a pessoa esteja de costas para a tela.

A Solução Jinga: Audio Takeover

Muitos manuais sugerem colocar o som da marca no começo ou no fim. É válido, mas na Jinga, a gente acha pouco. Pense no visual: toda marca se preocupa obsessivamente em ter uma cor dominante no filme (geralmente a cor do logo). Mas quase nenhuma se preocupa em ter uma sonoridade dominante. É isso que buscamos com o conceito de Ocupação Total (ou Audio Takeover).

Não é só dar um "oi" sonoro no começo para tentar travar o scroll. Ou dizer um “tchau” no fim. É garantir que a textura, o timbre, o beat e até o silêncio respirem a marca do primeiro ao último frame. Full time.

Se o seu asset sonoro toca em menos de 1,5s, você ganha a corrida do scroll. O que já é muito. Mas, se ele permeia o áudio todo, você ainda ganha a guerra da atenção passiva, marcando presença mesmo quando o olho está distraído. O que, vamos combinar, é o muito elevado ao máximo.

Modo Mute = Modo Prejuízo

Se você está apostando todas as suas fichas no visual para garantir o recall, você está jogando no Modo Mute. E, lamentamos informar, também está perdendo um monte de dinheiro. Os ouvidos são o atalho. Eles são bem mais rápidos que os olhos — e onipresentes quando os olhos não estão vendo o que você quer que eles vejam.

Achou que faz sentido? Fale com a gente.

🥁🥁

O tempo não para.
— Cazuza

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